quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Características Gerais

    Os sirênios são mamíferos que vivem permanentemente dentro de água, encontrando-se perfeitamente adaptados às exigências deste meio. O seu corpo gordo  e focinho carnudo, dão-lhe um aspecto curioso e característico que levou a que fossem também conhecidos por Vacas-Marinhas.
     Podem atingir dimensões consideráveis e a sua forma assemelha-se à dos cetáceos. Os membros posteriores desapareceram e os dianteiros encontram-se transformados em barbatanas adaptadas à natação. No entanto, enquanto os cetáceos têm os ossos leves e esponjosos, os sirénios apresentam o esqueleto denso e sólido.
     Os pêlos que rodeiam a boca destes animais têm uma função tátil, assumindo um papel importante na orientação do animal, particularmente nas águas turvas onde se encontram frequentemente.
    Os sirênios são herbívoros, alimentando-se de uma grande variedade de algas marinhas e plantas aquáticas, submersas e flutuantes, como os jacintos de água.
   Existem duas famílias de sirênios, que se distinguem facilmente, entre outras razões, por apresentarem formatos diferentes de cauda:
Manatins
   Vivem em rios e estuários, raramente penetrando no mar alto. São excelentes nadadores, capazes de mergulharem e ficarem submersos durante mais de 15 minutos. Os machos adultos viajam bastante e reúnem-se por vezes em grupos numerosos, em volta das fêmeas prontas a acasalar.
   Encontram-se nas águas temperadas do Oceano Atlântico e nas zonas costeiras da América e África. São bastante maiores que os dugongos, chegando a atingir 5 metros de comprimento e um peso de 1600 Kg.
Dugongos
   São exclusivamente marinhos, encontrando-se no Mar Vermelho, Oceano Índico e nas águas costeiras no Norte da Austrália. São muito sociáveis, viajando aos pares ou em pequenos grupos, procurando águas de temperatura amena e com abundância de alimento.
   Podem atingir 3,5 metros de comprimento e 400 kg de peso.
     Caçados indiscriminadamente, pela crença popular de que possui sete tipos de carne diferentes, além da obtenção de óleo e couro, o peixe-boi foi quase exterminado antes que sua caça fosse proibida. 
     Em algumas cidades do interior do Amazonas, a carne de peixe-boi ainda é altamente apreciada e consumida, apesar da proibição oficial, em vigor desde 1971. O número de indivíduos vem diminuindo assustadoramente a cada ano. A crueldade do método de caça é peculiar: para respirar, o peixe-boi vai periodicamente à superfície. Neste momento os caboclos usam rolhas para entupir o nariz dos animais e sufocá-los até a morte. Com a rolha no nariz, o animal assustado mergulha para fugir e morre afogado; se fica na superfície, é morto a pauladas. 






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